Os deputados paraibanos Hugo Motta, Manoel Júnior (ambos do PMDB) e Wellington Roberto (PR) constam como integrantes da linha de frente da chamada "Tropa de Choque" do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara Federal. A "Tropa" tem como finalidade blindar o presidente de processos que pedem sua cassação no Congresso.

Integrante do Conselho de Ética da Câmara, Manoel Júnior tem se tornado conhecido nacionalmente por levantar questões de ordem durante os trabalhos, como forma de adiar ao máximo o andamento do processo. Manoel Júnior também tentou anular a votação pela admissibilidade do processo contra Eduardo Cunha, aprovado por 11 votos a 9.

Já Wellington Roberto ganhou notoriedade pela briga com o deputado Zé Geraldo (PT-PA), quase agredindo-o fisicamente. O paraense, inclusive, chegou a mudar de lugar, segundo ele, temendo apanhar do paraibano. Wellington cobra solidariedade aos colegas no julgamento, alegando que os julgadores de hoje podem ser os julgados de amanhã.

Eduardo Cunha é acusado perante o Conselho de Ética de ter mentido durante depoimento à CPI da Petrobrás, presidida pelo paraibano Hugo Motta. Na denúncia formulada pelo Ministério Público Federal, ele é acusado de corrupção passiva (duas vezes) em concurso material com o crime de lavagem de dinheiro. O procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal que Eduardo Cunha seja afastado do mandato e, consequentemente, do cargo de presidente da Casa. O STF anunciou que o caso só será apreciado após o recesso do Judiciário.

ParlamentoPB com informações do Jornal da Paraíba