No dia 16 de dezembro a "Frente Brasil Popular" realiza manifestações em defesa da democracia, e contra o golpe, em todo o Brasil. Em João Pessoa a atividade ainda está em fase de organização, mas o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Charliton Machado, enfatizou que esse ato "vai além da esquerda brasileira". "Essa é uma mobilização pela democracia", garantiu.
Machado acrescentou ainda que a "Frente Brasil Popular" não está preocupada em rivalizar com outras manifestações conservadoras. Para ele o maior objetivo é "colocar conteúdo nas mobilizações". "Temos que fazer com que as pessoas entendam a atual conjuntura política nacional. A população precisa saber o perigo que representa Eduardo Cunha na presidência da Câmara, o perigo que é o desrespeito as instituições, e que a democracia precisa ser defendida. A escolha eleitoral do cidadão deve ser respeitada. Estamos em um momento de conscientização da sociedade, de um debate de conteúdo".
O presidente do PT/PB entende que o pedido de impedimento de qualquer presidente é algo que está previsto na Constituição, mas da forma como está sendo constituido fere de morte a democracia e seus fundamentos legais: "Querem punir Dilma por algo que nem foi julgado. Querem punir Dilma por fazer algo que outros presidentes já fizeram, e no caso dela, a motivação foi o pagamento do Bolsa Família e de outros programas sociais".
"Nunca vi um cenário de tamanha pressão contra um governo. Este ano tivemos que conviver com as retaliações de Eduardo Cunha, que usou o seu poder para manipular os processos internos na Câmara Federal", disse.
Ainda sobre 2016, Charliton Machado ressaltou que os assuntos que envolvem a economia do Brasil devem ser encarados como de responsabilidade nacional: "Temos que assumir que conciliamos as políticas sociais com as econômicas, e agora essa corda ameaça se romper com perdas de condições e conquistas, mas, temos, também, que reconhecer que é necessário avançar na mudança da política econômica atual. A oposição, lamentavelmente, não na está preocupada com a retomada do crescimento, o exemplo foi quando insistiu na aprovação do aumento do judiciário. O Governo não pode operar milagre com um Congresso trabalhando contra".
"Acredito que o Governo precisa fazer de fato uma mudança na sua política econômica. É necessário uma resposta profunda para Brasil, foi para isso que Dilma foi eleita. Ela precisa insistir na reforma política, tributária, previdenciária, dialogando com todos os setores organizados da sociedade. Temos que ter reformas profundas que beneficiem mais o trabalhador, e não os banqueiros, grandes fortunas", concluiu.
ParlamentoPB
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