Volta ao passado: última eleição usando cédula de papel foi em 1994 e resultou na vitória de Mariz

 

Volta ao passado. As eleições do ano que vem serão realizadas por meio de cédula de papel e urna de lona. Na Paraíba, há mais de uma década que esses sistema herdado do período colonial não é usado. Desde 2000, há 15 anos, a eleição no Brasil é feita usando as urnas eletrônicas. Na Paraíba, o último ano que teve eleições usando cédula de papel foi em 1994. Muitos jovens nunca votam nesse usando esse sistema.

A disputa eleitoral de 1994 para a Presidência da República, foi decidida já em primeiro turno, e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu o então candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT) por destacada vantagem de votos (761.876, contra 311.142 do petista). A popularidade do plano Real, contribuindo com a queda da inflação, ajudou bastante Fernando Henrique.

Já na disputa pelo governo da Paraíba, Antônio Mariz, do PMDB, ficou na frente de Lúcia Braga, do PDT (525.396 votos para Mariz, 311.142 para Lúcia). A diferença de votos causou a realização de um segundo turno entre os dois candidatos, e a vitória ficou novamente com Mariz, que ficou apenas 8 meses no governo do estado, falecendo em setembro de 1995. José Maranhão, seu vice, assumiu o cargo.

Para as duas vagas do Senado Federal, Ronaldo Cunha Lima e Humberto Lucena, ambos do PMDB, foram os senadores eleitos. Em Campina Grande, a apuração, realizada em meio a muita confusão, aconteceu na casa de show Spazzio e durou quase uma semana.

Assembléia Legislativa – Quase 15 anos depois, a Assembleia Legislativa da Paraíba também adotou o sistema antigo. A última eleição para escolha da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa da Paraíba também usou cédulas de papel. O deputado estadual Adriano Galdino (PSB) foi escolhido como presidente no biênio 2015/2016. Para o biênio 2017/2018, o escolhido foi o deputado Gervário Maia (PMDB).

A volta a esse sistema foi motivada por uma portaria publicada no Diário Oficial da União que informou que o corte no orçamento do Judiciário"vai inviabilizar as eleições de 2016 por meio eletrônico". O documento, assinado pelos presidentes dos tribunais superiores, se refere ao contingenciamento que impedirá a utilização de R$ 1,7 bilhão do orçamento.

Em nota, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que o corte "compromete severamente" os projetos dos tribunais, incluindo as aquisições de novas urnas eletrônicas necessárias para a realização das votações do ano que vem.

PB Agora

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