Marcos Maivado Marinho
Nem Dom Pedro, nem Fernando Henrique Cardoso… Nem Lula e nem Dilma. Nem mesmo Marcondes Gadelha, maior defensor do projeto até hoje.
As obras de transposição de águas do rio São Francisco, represadas nos canteiros do semi-árido nordestino e caminhando a passos de tartaruga, finalmente serão aceleradas para a profecia se transformar em realidade – o sertão virar mar!
Milagre? Nada disso.
Apenas obstinação e capacidade empreendedora. Tudo somado à inegável ‘vocação pública‘ de um homem nascido com estrela na testa e predestinado, por isso mesmo, ao brilho. Em que pese ter recebido de amigos uma alcunha nada interessante, e até em certo ponto discriminatória, embora extremamente popular: BUCHADA.
Graças a Deus e ao nosso Padim Cico do Juazeiro Seu Cícero Rodrigues, ou Seu Buchada lá de Bodocongó, como os fregueses da bodega de material de construção o apelidaram em homenagem à proeminência de sua despensa estomacal, resolveu ser candidato a vereador de Campina Grande para, então, cumprindo o que estava escrito nas estrelas, ou até quem sabe as escrituras divinas (sic!), virar nosso herói – o Salvador dessa Pátria arrasada quase sumida pela seca inclemente.
Felizmente Seu Buchada se elegeu e agora, já que arrumou muito bem arrumado os seus caminhos pessoais (empresariais, vá lá!) e figura, com destaque e honras, na seleta lista de milionários fornecedores da gestão Romero Rodrigues na Prefeitura Municipal de Campina Grande, como construtor de ponta que o é no bate-pedras dos calçamentos na periferia, arregaçou as mangas para retribuir ao seu povo o que generosamente dele recebeu.
Pois muito bem, hoje a “Acessória” de mídia de Seu Buchada divulgou que ele, preocupado com a situação hídrica que assola a cidade de Campina Grande e região realizou na ultima semana “uma viagem para INSPECIONAR in loco as obras de transposição do eixo leste do Rio São Francisco”.
Uma maravilha, a excursão, como se pode avaliar pelo material recebido e as fotos magníficas enquadrando o vereador campinense no primeiro plano em meio ao traçado tortuoso dos canais onde um dia as águas do velho Chico rolarão no sertão esturricado da Paraíba e de Pernambuco.
Relata o informe que “a viajem de inspeção das obras do São Francisco SAIU de Campina Grande e percorreu 903 km nas cidade de Monteiro, Sertânia, Custódia, Floresta, Serra Talhada, Flores, Calumbi, Afogados da Ingazeira, Tabira, São José do Egito, Prata, Sumé entre outras cidades da Paraíba e Pernambuco, percorrendo todo o percurso das obras do canal do eixo leste”. (grifos nossos)
Prossegue o texto: “O vereador Buchada começo ( grifo nosso) a inspeção a 171 km de Campina Grande na cidade de Monteiro (PB) onde será construído o reservatório Poções que está ainda em fase inicial, o vereador acompanhou os 34 km da obra da transposição nas estradas beirando o canal do eixo leste de Monteiro até a cidade de Custódia (PE)”.
E que “na cidade de Custódia (PE) o parlamento verificou o andamento das obras do reservatório Barro Branco, e seguiu até o reservatório Areias, em Floresta (PE), e seguida para a cidade de Petrolândia onde se inicia captação de água para o canal no reservatório de Itaparica na estação bombeadora EBV1”.
Informa a “acessória” de Buchada que “o Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional é um empreendimento do Governo Federal, sob a responsabilidade do Ministério da Integração Nacional. É destinado a assegurar oferta de água, em 2025, a cerca de 12 milhões de habitantes de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte”.
Que “a integração do Rio São Francisco às bacias dos rios temporários do Semi-árido será possível com a retirada contínua de 26,4 m³/s de água, o equivalente a apenas 1,42% da vazão garantida pela barragem de Sobradinho (1850 m³/s), sendo que 16,4 m³/s (0,88%) seguirão para o Eixo Norte e 10 m³/s (0,54%) para o Eixo Leste”.
Avisa, também, que “nos anos em que o reservatório de Sobradinho estiver com excesso de água, o volume captado poderá ser ampliado para até 127 m³/s, aumentando a oferta de água para múltiplos usos”.
Nessa feliz condição ‘oficial’ de INSPETOR da obra redentora, algo até então desconhecido do povo nordestino, o entusiasmado e empreendedor Seu Buchada – ainda segundo o informe da sua “acessória”, propôs lá no meio do sol soluções práticas para a crise hídrica de Campina Grande.
Buchada após a INSPEÇÃO dos canais do eixo leste INSPECIONOU também a adutora de engate rápido do Sistema Adutor do Pajeú, que beneficiará 23 localidades em Pernambuco e poderá abastecer sete cidades paraibanas, como fez questão de explicar para os jorbnalistas.
Cita o inbforme que “a adutora do Pajeú que é administrada pela Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) capta água no reservatório de Itaparica na cidade de Petrolândia próximo ao ponto de captação dos canais do eixo leste e faz parte do sistema adutor do São Francisco, teve seu Projeto desenvolvido pelo DNOCS (Departamento Nacional de Obras)”.
E por isso, “incansável em encontrar uma solução para evitar o desabastecimento da cidade de Campina Grande o parlamentar Campinense percorreu toda a extensão da Adutora do Pajeú e constatou que o sistema adutor do Pajeú só está operacional até a cidade Pernambucana de Afogados da Ingazeira. De acordo com a visão do parlamentar a primeira opção para uma solução emergência seria a criação de uma adutora de engate rápido de Afogados da Ingazeira a Cidade de Caturité, onde está localizada a estação elevatória de Gravata que envia água para a cidade de Campina Grande. Em linha reta a adutora teria 181,86 km e a adutora seguisse as rodovias teria 229 km”.
Outra solução sugerida por Buchada “se reservatório Barro Branco for concluído dentro do cronograma” seria a criação de “uma adutora de engate rápido que ligasse o reservatório Barro Branco a estação elevatória de Gravata em Caturité, que em linha reta teria 193,45 km e acompanhando as rodovias teria 232 km”.
Por fim, a última opção viável para utilização do sistema Adutor do São Francisco para o abastecimento emergencial de Campina Grande, na visão do nosso valorosamente salvador edil seria “a captação da água para a estação elevatória de Gravatá direto do Lago de Itaparica na Cidade de Floresta ou Petrolândia, saindo de Floresta em linha reta a adutora teria 276,60 km ao longo das rodovias teria 358 km”.
É obrigação agora de Campina Grande, sobretudo dos demais vereadores com assento na Casa Félix Araújo, homenagearem Buchada imediatamente. O homem é merecedor da Medalha de Honra ao Mérito Municipal, maior honraria da Casa, notadamente por sua porafrtuhcuidade.
Deu de dez, pelo menos, no presidente Pimentel Filho, que ao invés de fazer como ele e INSPECIONAR o trabalho foi perder tempo entregando à Presidente Dilma uma folha de papel com obviedades que, na hora, ela passou ao ajudante de ordens para nunca mais tê-lo nas mãos.
Fonte: Da Redação com “Acessória” do vereador