Startups da UFPB são aprovadas em chamadas públicas da Fapesq

Cada uma receberá R$ 150 mil para desenvolverem soluções que respondam a desafios emergentes da sociedade

Três startups da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – Gracilis Defender, MindSun e YBY – foram aprovadas em chamadas públicas da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), voltadas à seleção de soluções para responder a desafios emergentes da sociedade, como o envelhecimento populacional e a transição energética. A aprovação das startups, incubadas na Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova), foi divulgada em setembro deste ano.

As três startups receberão da Fapesq o valor de R$150.000,00, cada, para desenvolverem as soluções, em um período de 12 meses. O prazo poderá ser prorrogado, a depender da demanda e de solicitações de empresas parceiras contratadas para fomentar e concluir os projetos vencedores dos editais. 

Uma das soluções a serem criadas é um creme hidratante biorepelente feito de plantas da flora brasileira que repelem o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos vetores da dengue. O produto será produzido pela startup Gracilis Defender, e seu fundador, o estudante Renan Leite, da graduação em Biotecnologia, comenta sobre outras vantagens do produto, sobretudo para as pessoas idosas, público-alvo do creme a ser desenvolvido.

“O creme é um produto 2 em 1. Além de afastar o mosquito da dengue, ele tem propriedade hidratante, o que deixa a pele mais saudável, menos ressecada e, assim, evita rachaduras e feridas. Com a aprovação no edital da Fapesq, vamos fazer o refinamento e esperamos produzi-lo em larga escala”, disse o pesquisador.

A ideia de investigar a atividade inseticida e repelente das plantas que são a matéria-prima do creme surgiu da pesquisa acadêmica, como explica a professora Fabíola Cruz, do Centro de Biotecnologia (CBiotec) da UFPB.

“Fizemos [a docente Fabíola Cruz e o estudante Renan Leite] testes preliminares, com resultados animadores. Foi a partir daí que nasceu a ideia de patentear as invenções e criar uma startup para viabilizar a produção e comercialização desse produto, que é inovador. Dessa forma, surgiu a primeira startup do CBiotec, que após poucos meses de vida, aprovou seu primeiro projeto na Fapesq“, disse.

Outra startup selecionada nos editais é a MindSun, que vai adicionar uma nova função a uma plataforma já criada pela empresa, para indicar insights que, se implementados, poderão gerar economia de energia elétrica e redução do impacto ambiental em empresas e em empreendimentos rurais. O monitoramento do gasto de energia, pela MindSun, ocorrerá por meio de instalação – ou ampliação – de paineis fotovoltaicos que sejam interligados à plataforma.

“A aplicação dessa nova função se dará, principalmente, nas empresas paraibanas que já utilizam placas solares. Posteriormente, a ideia é expandir para o Nordeste e depois, para todo o Brasil”, comentou Wendson Silva, sócio e diretor de tecnologia da MindSun.

Para a agricultura, a proposta aprovada é uma solução que visa otimizar a produção de bioinsumos essenciais à prática sustentável dessa atividade, utilizando subprodutos residuais da agroindústria, como explica o pesquisador Carlos Vinícius Carvalho, co-fundador da YBY Inovações Biotecnológicas, startup envolvida no desenvolvimento do empreendimento.

“Esta iniciativa busca reduzir os custos de produção dos bioinsumos sem comprometer a sua eficácia, ao mesmo tempo que promove a utilização ecofriendly [amigável] de resíduos agroindustriais”, acrescentou Carlos Vinícius, um dos integrantes do YBY.

Para a Diretora Presidente da Inova, professora Kelly Gomes, a aprovação das startups nos editais de fomento à inovação da Fapesq consolida o trabalho da Agência da UFPB.

“A parceria da Inova com as startups da UFPB só vem crescendo e amadurecendo a cada dia. Antes mesmo da formalização e incubação delas na Agência, por exemplo, a equipe da Inova já estava realizando apoio aos empreendedores, visando sua inserção no mercado. Esse apoio se reflete nos altos índices de aprovação das startups da UFPB em vários editais, sua consolidação no mercado e fortalecimento de uma cultura empreendedora.”, comentou a professora Kelly.

Para conhecer mais sobre as startups selecionadas, visite os sites da MindSun e da YBY, bem como o perfil oficial da Gracilis Defender no Instagram, o @gracilis_defender.

*A espécie da planta que é matéria-prima do creme hidratante e biorepelente, bem como os subprodutos residuais da agroindústria, não foram informados nesta matéria, uma vez que o processo de concessão das patentes está em andamento e estas informações precisam ser mantidas em sigilo.

Ascom/UFPB

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