Zakharova compara patrocínios dos EUA à Ucrânia e ao Holocausto: "gostaria de lembrar como terminou a aventura anterior"


Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa (Foto: Chancelaria russa)

Porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova criticou declaração que partiu do senador estadunidense Lindsey Graham durante conversa com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky: “os russos estão morrendo. Nunca gastamos dinheiro tão bem”.

Para Zakharova, o congressista deveria comparar o presente e o passado: “um de seus investimentos levou à Segunda Guerra Mundial e ao Holocausto. Agora, bilhões de dólares americanos estão sendo despejados na garganta insaciável do regime neonazista de Kiev”.

“Nesse sentido, gostaria de lembrar aos senadores e a todos os beneficiários americanos como terminou a aventura anterior”, finalizou.

Leia na íntegra:

O senador americano da Carolina do Sul Lindsey Graham com um sorriso satisfeito em uma reunião com Zelensky: “os russos estão morrendo. Nunca gastamos dinheiro tão bem”.

Durante o Tribunal de Nuremberg, o ministro da Economia da Alemanha nazista, Hjalmar Schacht, afirmou que o Terceiro Reich também foi patrocinado pelo exterior e nomeou as duas maiores corporações americanas: Ford e General Motors. Um acordo tácito foi feito com ele – liberdade em troca de silêncio. Apesar dos protestos dos representantes soviéticos, ele foi libertado e viveu até os 93 anos.

Deixe-me lembrá-lo de que a personificação do sonho americano, o mesmo lendário Henry Ford, era titular da Grã-Cruz da Ordem do Mérito da Águia Alemã. Suas fábricas na Alemanha não só produziam até 70 mil caminhões por ano para as necessidades da Wehrmacht, como também utilizavam a mão de obra de prisioneiros, inclusive de Auschwitz, para isso.

E o ícone alemão da indústria automobilística, a Opel, pertencia à… General Motors. O pesquisador Bradford Snell descreve o papel da corporação da seguinte forma: “a General Motors era muito mais importante para a máquina de guerra nazista do que os bancos suíços. A Suíça era apenas um repositório de dinheiro roubado. A General Motors foi parte integrante do esforço de guerra alemão. O Terceiro Reich poderia ter invadido a Polônia e a Rússia (URSS) sem a ajuda da Suíça. Mas eles não poderiam ter feito isso sem a ajuda da General Motors”.

A empresa Kodak em sua fábrica na Alemanha fabricava fusíveis para bombas aéreas, não desdenhando de usar até mesmo o trabalho de prisioneiros de guerra.

A fábrica da Coca-Cola em Colônia, mesmo antes de sua nacionalização pelo governo alemão, fornecia refrigerante regularmente, inclusive para soldados alemães. E a famosa "Fanta" foi totalmente inventada pelos nazistas.

A gigante do petróleo Standard Oil, por meio de suas subsidiárias, ajudou Hitler com a escassez de produtos petrolíferos, participou do desenvolvimento de borracha sintética e combustíveis sintéticos. E a IBM, amada pelo pessoal de TI em todo o mundo, produziu dispositivos de contabilidade e controle para os nazistas, inclusive para a produção de petróleo. Entre outras coisas, o equipamento desta empresa ajudou a acompanhar os horários dos trens para os campos de extermínio…

Bem, para onde podemos ir sem bancos: o JPMorgan Chase & Co também ajudou, e depois o Chase National Bank, por meio do qual transações multibilionárias foram realizadas, e Berlim teve a oportunidade de comprar dólares e realizar transações financeiras no exterior. "Chase" cooperou com o banco alemão "Alliance" mesmo em questões como seguro de propriedade e vida dos guardas dos campos de concentração do Terceiro Reich.

O senador Graham tem algo para comparar. Um de seus investimentos levou à Segunda Guerra Mundial e ao Holocausto.

Agora, bilhões de dólares americanos estão sendo despejados na garganta insaciável do regime neonazista de Kiev. Nesse sentido, gostaria de lembrar aos senadores e a todos os beneficiários americanos como terminou a aventura anterior.

Brasil 247

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