ter
20
dez
2022

Antes de morrer, vitima de complicações de uma cirurgia na vesícula, Nélida fez constar em seu testamento que as duas são as donas dos quatro apartamentos

Nélida e suas cachorrinhas
Nélida Piñon e suas cachorrinhas, Suzy Piñon e Pilara Piñon (Foto: Arquivo Pessoal)

O hospital CUF Descobertas, em Lisboa, recebeu um pedido pouco usual há cerca de uma semana. Acompanhante e responsável pela escritora Nélida Piñon, internada ali desde o primeiro dia de dezembro, Karla Vasconcelos tanto insistiu que conseguiu: a clínica abriu uma exceção e autorizou as cachorrinhas Suzy e Pilara a visitá-la em seu quarto. As informações são do portal F5.

O reencontro aconteceu no último sábado (17), pela manhã. Nélida, 85, morreu horas depois, no final da tarde. "Foi uma despedida linda", conta Karla, 63. "Tinha que ver a cara dela quando viu as meninas em cima da cama, botando a patinha em cima do lençol, fazendo festinha", diz, um pouco emocionada, direto da capital portuguesa, onde cuida do traslado do corpo da ex-presidente da Academia Brasileira de Letras ("Uma burocracia danada").

Antes de morrer, vitima de complicações de uma cirurgia na vesícula, Nélida fez constar em seu testamento que as duas são as donas dos quatro apartamentos que ela mantém no mesmo prédio, um edifício de luxo à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio.

"Eu que administro tudo mas elas é que são as herdeiras de fato", afirma Karla. "Tanto é que lá está escrito que os apartamentos não podem ser vendidos enquanto as meninas estiverem vivas. É a casa delas, propriedade delas".

Brasil 247


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