O governo criou um grupo de trabalho no âmbito da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para providenciar a exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart e a realização de exames e atividades periciais. A exumação ocorrerá na próxima quarta-feira (13).
Deposto pelo regime militar (1964-1985), Goulart morreu no exílio, no dia 6 de dezembro de 1976, na Argentina. O objetivo da exumação é descobrir a real causa da morte e se ele foi assassinado. Por imposição do regime militar brasileiro, João Goulart foi sepultado em sua cidade natal, São Borja, no Rio Grande do Sul, sem passar por uma autópsia.
Existe a suspeita de que sua morte pode ter sido articulada pelas ditaduras do Brasil, da Argentina e do Uruguai, na chamada Operação Condor. Após os exames, os despojos voltarão para São Borja no dia 6 de dezembro, data de morte do ex-presidente.
EBC