Embaixador do Egito nega golpe de Estado no país

A destituição do poder, há dois dias, do então presidente do Egito Mouhamed Mursi pelas Forças Armadas colocou o mundo em alerta sobre o que ocorrerá no país. Em entrevista à Agência Brasil, o embaixador do Egito em Brasília, Hossam Edlin Mohamed Ibrahim Zaki, negou que tenha ocorrido um golpe militar em seu país ou a ruptura da ordem democrática. Articulado e bem-informado sobre o Brasil, o diplomata acompanha as reações no país sobre as mudanças no Egito.

“Eu concordaria com a interpretação de ruptura democrática se as Forças Armadas tivessem abolido a possibilidade de eleições. Mas não, foi firmado um compromisso de que haverá eleições. A democracia não é apenas uma urna, é muito mais do que isso: é diálogo, busca pelo consenso e respeito pela identidade”, disse o embaixador, que está há sete meses no Brasil e foi designado por Mursi.

Ex-porta-voz do governo do ex-presidente Hosni Mubarak, deposto em 2011 depois de quase 30 anos no poder, Zaki disse que os militares atenderam aos apelos dos manifestantes que queriam mudanças e a saída do então presidente. Para o embaixador, é essencial que o “mundo entenda o Egito, do contrário há erros de interpretação”.

Agência Brasil

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